Transporte ferroviário: Eduardo Campos inicia obras da linha sul

Transporte ferroviário: Eduardo Campos inicia obras da linha sul

Aluísio Moreira/SEI Com o aperto de um dos parafusos, o governador Eduardo Campos deu início, nesta segunda-feira (15), às obras de recuperação da Linha Tronco Sul, trecho de 550 km da ferrovia que vai do Cabo de Santo Agostinho até a cidade alagoana de Porto Real do Colégio. O ramal irá religar a malha ferroviária do Nordeste com a do Sudeste, além de ser mais um ponto positivo para o Estado na questão logística. “Fiz questão que as obras começassem aqui por Quipapá para mostrar que um desenvolvimento equilibrado deve começar pelo interior e chegar à Capital”, revelou o governador, durante a festa que reuniu mais de duas mil pessoas em frente à estação ferroviária da cidade, localizada a 170 km do Recife. Em péssimo estado de conservação desde as chuvas que assolaram o Estado no ano de 2000, a ferrovia irá sofrer intervenções em vários pontos e cortar 10 cidades pernambucanas do Litoral e da Mata Sul, totalizando 166 km. O prazo para execução das obras, que serão tocadas pela Companhia Ferroviária do Nordeste, com recursos de R$ 35 milhões provenientes do Finor (Fundo de Investimentos do Nordeste), é de 18 meses. Para Tufi Daher Filho, presidente da CFN, o Tronco Sul fortalece os empresários que ganham mais um meio de escoar a sua produção e aquece a economia do Estado: ”O benefício para o município com geração de empregos não será só durante as obras, mas na manutenção da linha também. Dando possibilidade de atrair investimentos para a região por sua logística”, explicou. Somente em Quipapá, cerca de 120 trabalhadores vão estar empregados pelo período mínimo de 18 meses. “São pessoas que há quase 10 anos não trabalhavam na sua principal atividade e que depois devem ser incorporadas à equipe de manutenção da ferrovia”, comemorou Eduardo. Transnordestina - O Tronco Sul também irá consolidar a interligação de Pernambuco com a Transnordestina através do Porto de Suape. Eduardo Campos não tem medido esforços para tirar do papel a “obra inacabada mais antiga do Brasil”. O governador explicou que a parte que cabe ao Estado está sendo feita com toda celeridade. “A Assembléia já recebeu, por exemplo, o Projeto de Lei de retirada da cobertura vegetal para o trecho de Missão Velha a Salgueiro. Nós estamos com os imóveis levantados (para desapropriação) de Salgueiro até Trindade. O nosso objetivo é começar as obras num primeiro trecho de 20 km (de Salgueiro a Trindade) no final de novembro”, adiantou