quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Portal Cabo Cabo de Santo agostinho. Assédio moral no trabalho é crime e deve ser denunciado

Solenidade abordou tema e culminou com lançamento de livro sobre o assunto

Anecessidade de ampliar a discussão acerca dos efeitos causados pelo abuso de autoridade em ambiente de trabalho, problemática que, segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é responsável por cerca de 50% dos pedidos de afastamento do trabalho por mais de 15 dias, foi defendida pelo líder do Governo no Legislativo, Isaltino Nascimento (PT). Ontem, o parlamentar promoveu uma reunião solene na Alepe para tratar o tema. O encontro, além de avaliar o problema, objetivou o lançamento do livro Violência Psicológica e Assédio Moral no Trabalho.

O exemplar é uma coletânea de 20 artigos científicos de autores de todo o País a respeito da opressão praticada por autoridades dos setores público e privado. Conforme as três especialistas pernambucanas que realizaram o trabalho, a idéia da compilação surgiu a partir de um congresso a respeito do tema. Segundo a coordenadora de Psicologia da Fafire e uma das organizadoras da publicação, Fátima Neves, a obra pretende chamar a atenção da sociedade para o fato. "Mostramos os danos causados aos trabalhadores, mas também ilustramos, por meio de exemplos, ser possível o combate à prática", destacou.

A mestre em Psicologia Clínica Laura Pedrosa, que também organizou a obra, disse ser preciso romper com o silêncio. "Muitas vítimas de violência não denunciam por medo de perder o emprego. É necessário vencer esse temor", salientou. A terceira pesquisadora e especialista em Gestão de Pessoas, Ivana Rizzi, orientou que, para inibir a ação, o trabalhador deve procurar ajuda. "O psicólogo da empresa pode ser um caminho. O Centro Especializado de Saúde do Trabalhador, um serviço público do Recife, também pode ser utilizado pelos profissionais", informou.

Em Pernambuco, desde o ano passado, há punição específica para o crime de assédio moral no âmbito do serviço público. O Estado foi o primeiro a regulamentar legislação para esse tipo de violência, por meio da proposição de autoria do deputado Isaltino Nascimento.

Conforme justificou o líder do Governo, existem poucas literaturas a respeito do tema. O parlamentar destacou a importância do debate, principalmente, quando realizado por especialistas que contribuem com suas experiências. "É relevante expor a problemática, principalmente para as mulheres, que são alvo freqüente dos agressores. Dessa forma, podemos coibir esse crime", ponderou. "Como as discussões foram intensificadas, não havia momento mais oportuno para essa solenidade", observou o deputado Alberto Feitosa (PR), que presidiu o evento.

Um comentário:

Anônimo disse...

Antes do Deputado Isaltino propor esta lei, nosso municipio já a tinha por proposição do vereador Cianinho, que como sempre busca melhorias para nossa terra e nossa gente.

Novas Materías do PORTAL CABO