quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A Petrobras poderá bancar a unidade de queimados no Cabo

Estatal vai comprar os aparelhos para a unidade de queimados do hospital que será construído pelo governo do Estado no litoral sul. Essa seria uma das contrapartidas para a instalação da refinaria

A Petrobras poderá bancar a unidade de queimados do futuro Hospital Metropolitano Sul Dom Hélder, no Cabo de Santo Agostinho. O governo do Estado está em negociação com a estatal para equipar a futura unidade, que entraria como uma das contrapartidas da instalação da Refinaria Abreu e Lima. Segundo cálculos do secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, o investimento da Petrobras na unidade deve variar de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões.

Dentro da política de segurança e meio ambiente da refinaria, uma unidade de alta complexidade para tratamento de queimados precisaria estar nas proximidades do local. “É uma exigência deles para segurança e, na política do governo do Estado de construir um dos hospitais metropolitanos no Cabo, toda a unidade de queimados será financiada pela Petrobras”, disse Coelho.

Segundo o gerente para implantação da refinaria, João Batista Aquino, o acordo ainda está sendo fechado com o Estado, mas a estatal de petróleo deve entrar com os equipamentos da unidade. O governo de Pernambuco ficaria responsável pela construção do prédio. “Ainda não assinamos, está sendo negociado”, disse Aquino.

Com isso, sobe o investimento que a Petrobras está fazendo no Estado para dar suporte à instalação da refinaria. Em 18 de agosto, a Petrobras assinou convênio com o Estado para garantir R$ 475 milhões em investimentos necessários para dragagem, construção de píer petroleiro, além da construção de uma via expresso de acesso a Suape.

A unidade do Cabo é uma das prometidas ainda em campanha pelo governador Eduardo Campos. Com esse investimento da Petrobras, o Cabo aumentaria um pouco os benefícios da implantação da refinaria. O terreno da refinaria se localiza em Ipojuca, bem como o Estaleiro Atlântico Sul, deixando de fora do Cabo dois grandes projetos, geradores de ISS e outros recursos. Agora, o Cabo quer assegurar que o próximo grandes projeto fique na cidade - que também compõe o espaço do Complexo Portuário e Industrial de Suape. “Nós temos reivindicado que a instalação da siderúrgica fique no Cabo. Há um compromisso para que seja feita essa compensação para o município”, disse o secretário de Desenvolvimento do Cabo, Anatólio Julião. O projeto de siderúrgica foi apresentado pela CSN e prevê um investimento total de R$ 6 bilhões, iniciando com a produção de 500 mil toneladas de aço.

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