quarta-feira, 9 de abril de 2008

SAÚDE PREVENTIVA: MPPE é chamado a buscar respostas aos problemas de saúde do Cabo

SAÚDE PREVENTIVA: MPPE é chamado a buscar respostas aos problemas de saúde do Cabo de Santo Agostinho 





Por Monaliza Brito

Um grupo de representantes da sociedade cabense esteve, nesta quarta-feira (9), na sede da representação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) no município para protocolar solicitação de interferência da promotoria na busca por respostas aos problemas de saúde pública da cidade. O documento foi apresentado pelos vereadores Ana Selma e Manoel Carlos, junto com a presidente da União dos Moradores de Garapú, o presidente do PSDB e o presidente do Clube Náutico de Ponte dos Carvalhos.

De acordo com a vereadora Ana Selma, uma das idealizadoras da ação, a Câmara Municipal já havia instituído, desde abril de 2007, uma comissão para acompanhar a situação do atendimento na área de saúde, mas tendo em vista a falta de posicionamento do Governo Municipal em relação às denúncias apresentadas no relatório dessa comissão, e os crescentes problemas, como ressaltou, foi necessário solicitar a intervenção do Ministério Público.

“A ausência de médicos é um dos problemas mais graves. Fizemos um levantamento e descobrimos que 15 postos do Programa Saúde da Família (PSF) estão desativados. Isso não pode acontecer porque o programa de saúde da família realiza um trabalho de prevenção de suma importância”, explicou a vereadora. Na semana passada, o diretor de base do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), pediatra Adilson Morato, denunciara a falta de médicos em 15 unidades do PSF.

Ainda de acordo com Ana Selma, um dos estopins para essa decisão foi o incidente que resultou na morte de uma criança de dois anos no último dia 4 de abril. A criança foi levada à Policlínica Jamaci de Medeiros após sofrer um choque elétrico e, segundo a família, faleceu por falta de atendimento, já que não havia médicos no local, e a criança só foi atendida duas horas após sua chegada à emergência, quando um médico de Ipojuca chegou ao local.

A prefeitura nega que não havia médicos na policlínica, e alega que a paciente recebeu atendimento imediato, e o plantonista estava apenas usando uma bata com o nome de Ipojuca.

O Assessor Especial da Secretaria Executiva de Saúde, Heráclito Santos, rebateu as acusações, informando que, na realidade, não há postos de saúde da família desativados. Segundo ele, o que ocorre é que nove postos estão, no momento, sem médicos para atendimento ambulatorial.

“Estamos providenciando a contratação de médicos para atender a esses postos, mas eles não estão parados. A população não está completamente desassistida. As equipes de agentes de saúde, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, dentistas e vários outros profissionais continuam trabalhando normalmente”, afirmou Heráclito.

O assessor informou também que teve fim, nesta quarta-feira (9), a paralisação dos médicos do Programa Saúde da Família, e que na segunda-feira (14), o Governo Municipal estará se reunindo com esses profissionais para discutir a pauta de reivindicações da categoria.

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