|   Diante da subutilização do sistema ferroviário em     Pernambuco, a Companhia Férrea do Nordeste (CFN) fez um anuncio que pode     dar vida a estradas de ferro desativadas em prol da economia do estado. A     empresa garantiu, nesta quinta-feira (4), a reabilitação dos 550     quilômetros de ferrovia que ligam o Cabo de Santo Agostinho, na Região     Metropolitana do Recife, à cidade de sergipana de Propriá, no extremo norte     do estado.  Toda a obra deve demorar um ano e meio para ser concluída. O presidente da     CFN, Tufy Dahen, garantiu, entretanto, que os trabalhos, pelo menos entre o     Cabo e o município de Quipapá, na Zona da Mata Sul do estado, devem ter     início ainda este mês.
 A reutilização do trecho que já está desativado há sete anos – desde que a     enchente do rio Una, em 2000, danificou a via férrea – pretende contribuir     para o transporte de cargas vindas do Sudeste ou que estão sendo     comercializada pelo Nordeste. Elas devem deixar de ser transportadas     exclusivamente pela rede rodoviária.
 Posteriormente, como garantiu Tufy Dahen, a linha deve ser interligada ao     Porto de Suape, no Cabo. A pretensão é de que cheguem pelas ferrovias     materiais siderúrgicos, argila e milho. Já Pernambuco vai escoar para     Sergipe materiais como petróleo bruto, por exemplo, usado por indústrias de     cimento; Para a Bahia devem seguir pisos cerâmicos produzidos em     Pernambuco.
 Para o professor de engenharia da Universidade Federal de Pernambuco     (UFPE), Fernando Jordão, a importância da revitalização da linha se deve às     vantagens do uso de ferrovia s ao invés de rodovias. “O custo com     transporte em ferrovias chega a ser 60% menor do que com as estradas     rodoviárias”, calcula.
 Dos 550 quilômetros, 66 estão em território pernambucano, os restantes 384     quilômetros cruzam o estado de Alagoas. O custo de toda a recuperação está     orçado em R$ 112 milhões, dinheiro financiado pelo Fundo de Investimento do     Nordeste (Finor). Uma estimativa do Fundo avalia que cada quilômetro da ferrovia     irá demandar, portanto, em média, R$ 203 mil.
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